Valor cultural, sentimental, econômico…
Todos ou apenas um deles?
Hoje, muito se fala na morte do livro impresso. Quanto disso é verdade até que o último exemplar impresso venha a surgir? Há quem diga que o fim do livro impresso é uma questão ecológica. Árvores deixarão de ser abatidas para a extração de celulose. Outros afirmam que o livro, no formato que conhecemos, em breve será peça de museu. O design do livro impresso é uma das maiores invenções da humanidade ou o livro eletrônico será essa maior invenção para a divulgação do conhecimento? E quanto ao mercado editorial baseado nas livrarias físicas? Elas acabarão ou deverão se adaptar a essa nova onda tecnológica que parece que veio para ficar? E o elemento humano? Falo daquela pessoa que pode te indicar e se fazer apaixonar por um ou vários livros, o livreiro. Ele também será um elemento descartável?
Acredito que o valor do livro impresso dependa muito de condições subjetivas em primeiro lugar. E, em segundo lugar, por uma pequena diferença está o valor cultural que um determinado livro pode ter. Um fator que contribui para o valor que damos ao livro impresso é o status social advindo da suposta leitura de boa parte de uma biblioteca, que muitas vezes pode estar recheada apenas de lombadas feitas em compensado, dando a ideia que são verdadeiros exemplares de livros e coleções quando, na verdade, são apenas ornamentos.
Gutenberg morreu falido e decepcionado
Para que o livro impresso chegasse a essa posição, desde que Gutenberg criou a prensa com tipos móveis, cerca de 150 anos se passaram. Da impressão em escala e da portabilidade até a divulgação cultural e científica, tudo dependia de uma série de fatores como patrocínio, mercado, leitores e dribles nos inquisidores. Os livros, assim como vimos em O nome da rosa, de Umberto Eco, podem ser um meio de fazer as estruturas ruírem por levar a nós, leitores, ao desenvolvimento do senso crítico.
Excetuando a parte do século e meio até que o livro se tornasse algo comercialmente viável, hoje, as incertezas que levam a sobrevivência do livro impresso se assomam mais rapidamente do que as certezas que essa invenção seria um sucesso. Desde os pergaminhos da Biblioteca de Alexandria até os meios digitais de arquivamento , divulgação e leitura (e-readers e e-books), o livro impresso tem sido cultuado, guardado a sete chaves quando necessário, traficado, banido, proibido, queimado, amado ou odiado. Esses mesmos meios eletrônicos podem ser a salvação da cultura humana que vem dos tempos imemoriais, mas ao mesmo tempo, podem ser o túmulo de uma forma de secular de aprendizado: o contato com o papel e todo simbolismo envolvido neste ato que é a leitura feita em um objeto, na maioria das vezes, retangular, mas que nunca deixou de ser composto por tinta e ideias.
Talvez o livro eletrônico e o leitor eletrônico sejam frios e não permitam mais que certos hábitos arraigados, como a bisbilhotice sobre o que o outro está lendo venha a desaparecer. Leia o artigo O Kindle e o fim da bisbilhotice, no Recanto das Palavras.
Leia mais: http://recantodaspalavras.com.br/2010/08/16/qual-o-valor-do-livro-impresso/#ixzz194FIi1XF
Empresa norte-americana cria software para livros eletrônicos infantis, que permite gravar a voz do leitor.
Parece que um dos nichos de mercado mais promissores em termos de expansão e vendas, os livros infantis e juvenis, já não é mais, digamos, protegido das investidas do e-book. Agora é possível ler em um sistema de livro eletrônico, o Ripple Reader, que é produzido tanto para PC quanto para Mac. Por enquanto só existe a versão para desktop; porém, prometem para breve uma versão para o iPad.
Dentre as funcionalidades que são o atrativo como as cores, o que não existe no Kindle, por exemplo, o que parece ser mais atraente é a possibilidade de você, pai ou mãe, gravar sua voz diretamente no programa. O que isso significa? Que você poderá contar a história para seus filhos. Eles ligam o computador e ouvem você. Fantástico, não? O programa pode ser baixado gratuitamente, mas os livros, é claro, são pagos.
Há poucas semanas, durante a FNLIJ 2010, evento organizado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, um dos principais tópicos dos debates era o uso do livro eletrônico no mercado de livros infantis e juvenis. Logicamente que todos estão esperando para ver o que virá, mas contando com uma certa apreensão. Livreiros, em especial, além de todos os problemas relativos a manutenção de uma livraria e, mais ainda, livrarias especializadas neste segmento, estão preocupados. Fala-se no crescimento das vendas, mas se olharmos bem, as vendas crescem em função das compras do governo. Breve, imaginamos que os estudantes poderão dispor dessa tecnologia.
Poucas são as livrarias especializadas – aqui no RJ podemos citar a Malasartes – , além das outras (independentes e redes) que investem em seções infantis e juvenis em suas lojas. Um dos principais nós da questão é a formação dos vendedores. Uma característica bem interessante é que geralmente são mulheres as responsáveis pelas seções. Venda, contato com os pais e maneiras de lidar com os jovens leitores parecem ser aptidões femininas. Isso é muito bom.
É certo que muitas mudanças ocorrerão tanto na produção quanto na comercialização dos livros infantis e juvenis com o advento de programas e aparelhos que permitem tornar este segmento também em livros eletrônicos
Material retirado do site citado.
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